Spg. Braga 3 - 1 C. D. Candal - Camp. Nacional Juniores A

12-04-2010 11:30

No passado sabado desloquei ao Estádio 1º Maio para assistir à ultima partida do Campeonato Nacional de Juniores A - 1ª Divisão.

A ultima partida da competição, onde já nada estava em disputa.

O Candal tem a descida confirmada há já algumas jornadas e o Braga por sua vez não iria alem do 4º lugar fosse qual fosse o resultado desta jornada.

Não posso esconder que esperava ver mais futebol, não havia pressão sobre as equipas, sendo que, dessa forma, poderiam ter-se "soltado" mais e praticado um futebol mais agradavel.

Mas vamos ao jogo.


A equipa do Candal entrou com a missão de não sofrer golos e tentar aplicar o contra-golpe na defensiva arsenalista, pressionado com um bloco médio-baixo e deixando que a equipa da casa tomasse conta do jogo a partir do apito do arbitro. Os alvirubros controlavam a bola e o jogo, jogavam ao primeiro toque e com isso conseguiam-se aproximar da área candalense. O Candal por sua vez não conseguia ligar as suas linhas e a falta de agressividade da maioria dos jogadores era mais do que notória.


A equipa do Spg. Braga podia-se ter colocado em vantagem à passagem do quarto de hora, mas uma excelente defesa de Paulo não permitiu que os arsenalistas culminassem da melhor maneira uma excelente jogada de entendimento. Inexplicavelmente a equipa de Gaia não atacava a bola e permitia que os minhotos fizessem o que mais lhes convinha, ou seja, manter a posse de bola. 


O primeiro golo do jogo surge de um lance de bola parada bem aproveitado pelos bracarenses para se colocarem em vantagem no marcador. Estava feito o 1-0, resultado justo para tudo aquilo que se estava a ver.


Depois de mais algumas intervenções de excelente nivel do guardião Candalense, chegou o momento alto da tarde. Depois de mais uma troca de bola pela defesa bracarense, a mesma chega ao interior direito que com uma excelente visão "variou" o flanco e colocou a bola nos pés do nº 8 arsenalista, este recepcionou a bola, deu dois passos e a cerca de 30 metros da baliza desferiu um remate que tinha tanto de bonito como de indefensavel. Um golo de levantar o estádio... 


O intervalo chegaria sem o Candal fazer o que fosse para colocar em perigo as redes de Fábio Pereira.


Na segunda parte mais do mesmo, mais um golo para o Braga e o golo do Candal, marcado por Joãozinho, caso não tivesse acontecido o golo de Nuno na primeira parte, este seria o golo da tarde.


O jogo terminava minutos depois sem que o Candal conseguisse fazer fosse o que fosse.


De referir que não se percebeu algumas das substituições efectuadas pelo treinador António Pedro, nem tão pouco algumas escolhas para a equipa inicial de jogadores que vinham de lesões prolongadas. Não era um jogo onde se poderia decidir o que quer que fosse, mas foi um jogo onde, pelo menos um jogador, voltou a lesionar-se, esperemos para ver a gravidade da lesão.

Além disso e mesmo a perder por 3 bolas a zero a equipa do Candal nunca teve ordens para pressionar o adversário, fazendo um jogo tipico de quem não quer "perder por muitos". Não existem automatismos na equipa Gaiense, as transições não funcionam e os jogadores não se sacrificam pelo colega. Isto não é culpa dos jogadores, mas sim algo que se incute nos mesmos. Muito pouco para uma equipa que já mostrou muito.

Ouvi na bancada que não havia motivação, sinceramente não compreendi o que quiseram dizer com isso, penso que o simples facto de vestir o emblema do clube (ou de qualquer clube) deveria ser o maior factor motivante. Até porque o clube está acima de qualquer individualidade, ou pelo menos em meu entender deve estar. Lutar sempre até ao fim para dignificar o emblema que vestem tem de ser sempre o objectivo de qualquer equipa. Sabemos que as equipas não podem ganhar sempre, mas lutar com honra, isso pode faze-lo sempre.

Espero que a estrutura do Candal já se esteja a preparar para a nova época e que possa fazer com que seja melhor do que este ano e que consigam voltar a subir de divisão rapidamente.


Como jogou o Diogo Portela: O Diogo esteve como o resto da equipa, ou seja, distante. Sempre muito desacompanhado e "sofrendo" com o individualismo dos seus colegas. Quando a bola lhe chegou aos pés não fez melhor do que aquilo que estava a ser feito. Lutou, mas mesmo assim, para quem o conhece sabe que, em termos de luta, este jogador pode dar mais, muito mais. Não havia vontade na equipa e isso afectou-o, no entanto isto não pode servir de desculpa porque o jogador tem de se saber automotivar e isso tambem nao aconteceu. Levanta a cabeça e trabalha, sem medo de chegar à frente e mesmo que te apontem o dedo porque estás a fazer diferente dos outros, não te preocupes, desde que tenhas feito mais e melhor.


Mister Milton