GULPILHARES 1 - 2 C. D. CANDAL

DE FATO-MACACO

 

A imagem que aqui coloco não podia ser mais ilustrativa daquilo que se passou no jogo do passado sabado.

 

Mais uma vez defrontamos uma equipa que, pelas condicionantes desta época, temos de considerar como sendo do nosso campeonato. Ambas as equipas estão a precisar de pontos e por esse motivo o jogo teria uma dificuldade acrescida para ambas as partes.

 

Entramos em campo com uma atitude diferente daquela que encaramos o desafio com o Progresso na passada jornada e isso começou-se a notar pela maneira como a equipa estava a encarar os momentos e as transições do jogo. Não eramos objectivos, perdiamos bolas, teoricamente, faceis, não conseguiamos criar lances de perigo, não conseguiamos assentar o jogo e perdiamo-nos em jogadas inconsequentes.

 

É certo que a equipa da casa também não conseguia criar grande perigo e o jogo disputava-se, muito, a meio campo, com perdas de bola de ambas as partes. 

 

Nos ultimos minutos da primeira parte a equipa da casa dispôs de 2 oportunidades para inaugurar o marcador, mas a boa oposição da nossa defesa, juntamente com o nosso guarda-redes, conseguiram evitar o quanto puderam. Mas ao minuto 42, alguma passividade da nossa equipa que não foi lesta a tirar a bola da frente da área, permitiu que o seu melhor jogador (na minha opinião) fizesse o golo. 

 

Pouco deu para fazer nos ultimos minutos da primeira parte e saimos para o intervalo a perder por uma bola a zero. Sinceramente penso que o resultado se adequava ao que se tinha passado dentro do relvado.

 

No intervalo chamei à atenção da equipa para a atitude que estavamos a transportar para dentro de campo. Disse-lhes também que os simbolos e os equipamentos por si só não ganham jogos. Disse-lhes que a atitude na segunda parte teria de mudar e que teriamos de vestir o fato-macaco para podermos levar de vencida uma equipa do Gulpilhares que, até ao momento, mostrava mais argumentos para o fazer.

 

A equipa entrou para a segunda parte com outra atitude, mais empenho, mais motivação, mais garra e aos poucos fomos levando a equipa da casa para junto da sua área. Fomos criando alguns lances de perigo, relativo é certo, mas que demonstrava que a segunda parte seria diferente da primeira.

 

Aos 52 minutos começou a reviravolta. Fizemos o nosso primeiro golo por intermédio de Hugo Luz que oportunamente desviou um, potente remate de Carlos à barra. Estava feito o empate e a partir dai controlamos o jogo.

 

À passagem do minuto 65, aconteceu algo caricato, o nosso capitão é atingido na perna, de forma grosseira diga-se e ficou caido no nosso meio campo com a bola em poder do adversário, nessa altura dei ordem para que quando a minha equipa ganhasse a bola que a deita-se fora, situação que ia acontecer quando Carlos ganhou e se preparava para atirar pela linha lateral, mas foi rasteirado por um adversário. O Carlos caiu, e apoiando-se no braço, acabou por se magoar com gravidade. Ambos os jogadores tiveram de sair, sendo que o Carlos teve de receber tratamento hospitalar porque suspeitava-se que tinha fracturado o pulso. Com a saida destes dois jogadores a equipa ficou a jogar com 9 durante 3 minutos. Mais caricato foi o arbitro ter marcado falta contra nós no lance do Carlos. A equipa soube posicionar-se a aguentar a pressão normal de quem está, momentaneamente, a jogar com mais jogadores. Conseguimos fazer a substituição do Carlos, depois ainda estivemos mais 4 minutos a jogar com 10, até que conseguimos fazer a outra substituição. Até porque com a lesão do Carlos, apenas eu fiquei no banco, já que o director teve, e bem, que se preocupar com o atleta.

 

Depois de todas estas situações a nossa equipa perdeu a concentração e permitiu que o adversário chegasse, por duas ocasiões, com perigo à nossa baliza. Uma delas na marcação de um livre directo em que fizeram a bola embater na barra e depois não conseguiram efectuar a recarga graças à rapida intervenção da nossa defesa, e a segunda também a levarem a bola à barra e na recarga a permitirem uma excelente defesa ao nosso guardião. Neste lance a bola havia de se perder pela linha final, tocada por ultimo por um jogador da equipa da casa. Na sequencia do pontapé de baliza e depois de uma bola ganha a meio campo, lançando Luz em velocidade, efectuou um centro para aparecer Bento (jogador ainda juvenil) a finalizar com classe.

 

O golo aconteceu aos 88 minutos e o arbitro ainda deu mais 3 de compensação, mas conseguimos segurar o jogo nos ultimos minutos e não deixamos fugir a vitória.

 

É certo que a equipa do Gulpilhares enviou duas bolas à trave ainda o jogo estava 1-1, mas nós fizemos um jogo pragmatico e conseguimos vencer.

 

Não posso despedir-me sem dizer que temos a noção que demos uma parte de avanço ao adversário e que corremos serios riscos de não vencer o jogo caso a atitude na segunda parte não tivesse sido completamente diferente. Tivemos de vestir o fato-macaco e percebemos que só assim se ganham jogos. A atitude de entrega e dedicação que tivemos na segunda parte permite-me dizer que somos justos venedores, mas se tivessemos empatado também não tinha sido nada de alarmante.

 

Parabens à equipa do Gulpilhares pela forma como se bateram.

 

Obrigado aos meninos que vieram dos Juvenis para nos ajudar, são eles o Hugo  (GR), Zé Ferreira (Médio) e Bento (AV), mais uma vez demonstraram espirito de sacrificio e trabalharam em prol do grupo.


À minha equipa dizer que temos de trabalhar cada vez mais. Esta vitória já passou, agora temos de nos concentrar no Leixões.


Um abraço especial para o Carlos, espero que melhore rapidamente para poder dar o seu contributo à equipa. Estes votos são extensiveis aos lesionados, Torres e Francisco.


Nunca se esqueçam.

 

UM POR TODOS E TODOS POR UM

CANDAL, CANDAL, CANDAL