C. D. Candal 4 - 0 Pedrouços A. C.

C. D. Candal 4 - 0 Pedrouços A. C.

 Valeu a vitória…

 

Jogo no campo do Vilanovense

 

Jogaram pelo C. D. Candal: Rui, Daniel (Bernardo – 25’), Júnior, Soares e Tiga, Cacheira, Tiago Silva e Henrique (Serafim – 65’); Paulo Pinho (Gustavo – 85’), Leal (Cristiano – 45’) e Bento (Hugo Luz – 35’).

 

Marcadores: 1-0 Henrique, 2-0 Serafim, 3-0 Hugo Luz, 4-0 Gustavo

 

Disciplina:

Cartão amarelo: Daniel, Bernardo, Henrique.

Cartão vermelho: Nada a registar

 

Durante toda a semana avisei a equipa para o perigo de subestimarmos a equipa do Pedrouços. Sabíamos que defrontávamos o último classificado, no entanto, no futebol, não há vencedores antecipados.

 

Entramos em campo com vontade de vencer, no entanto estávamos a ter pouco critério a atacar. A equipa forasteira defendia com 11 homens atrás da linha do meio-campo e, dessa forma, conseguiam manter a bola longe da baliza. É certo que tínhamos o maior tempo de posse de bola e só a espaços é que permitíamos ao adversário sair do seu meio-campo, mas, não é menos verdade que todos os ataques que estávamos a efectuar não estavam a ser consequentes e acabavam por se perder ou pela linha lateral ou pela linha de fundo.

 

Fizemos o primeiro golo por intermédio de Henrique que, num remate à entrada da área, “queimou” as mãos ao guarda-redes forasteiro, tendo este largado a bola para dentro da sua baliza. Estava feito o primeiro golo.

 

A partir daqui pensamos que o Pedrouços iria atacar, no entanto isso não aconteceu e voltamos a não conseguir entrar na densa defesa do Pedrouços.

 

O Pedrouços, apenas, chegou à nossa baliza por duas ocasiões, sendo que numa delas obrigaram o nosso guardião Rui a aplicar-se.

 

Fomos para o intervalo a vencer por 1-0, mas sabíamos que não era suficiente. Avisei os jogadores para o perigo do jogo atabalhoado que estávamos a desempenhar e que favorecia o adversário. Pedi aos jogadores para serem mais directos e para não permitirem veleidades na defesa. Relembrei tudo aquilo que tinha dito durante a semana sobre a displicência com que não se devem encarar os jogos. Pedi que fosse praticado um futebol mais directo, de forma a podermos aproveitar a maior estatura dos nossos jogadores e, assim, tentar “bater” a defesa do Pedrouços.

 

Assim fizemos, começamos a jogar mais directamente para os nosso avançados, mas perdemos o rigor defensivo que estávamos a ter até então, permitimos que o adversário se aproximasse da nossa área, no entanto, pouco esclarecidos no momento de atacar a baliza.

 

Efectuamos algumas mudanças, mesmo no sistema táctico e conseguimos controlar o jogo. A entrada de Serafim veio dar mais força ao meio-campo e a partir desse momento criamos enumeras oportunidades de golo, com bolas nos postes e uma na barra.

 

O golo da tranquilidade surgiu aos 73’, num portentoso remate de Serafim colocando a bola no “7”.

 

A partir daqui jogamos mais soltos e sem a pressão do resultado e, foi assim, que chegamos aos 4-0 com Hugo Luz e Gustavo a fazerem o gosto ao pé.

 

Sinceramente penso que fomos superiores à equipa adversária que, se bateu, com as armas que tem. Nós soubemos usar as nossas e conseguimos conquistar mais 3 pontos, subindo mais um degrau na escadaria do objectivo.

 

Nada está conquistado, nada está perdido, a “luta” contínua e será feita com as “armas” que temos.

 

Como é normal aproveito para deixar aqui alguns apartes.

 

1º: Grande golo o do Gustavo, cheio de oportunismo, mostrando que é uma peça valida no nosso “tabuleiro”. Mostrou que tem muita personalidade, mostrou que percebe que ser jogador de futebol não é jogar sempre, mas sim estar preparado quando a oportunidade surge. Mesmo quando os próprios familiares o podem induzir em erro e a cometer actos irreflectidos, ele soube estar, teve atitude e dentro de campo deu uma resposta cabal das suas capacidades. Fez tudo o que eu lhe disse, desde jogar naquela determinada posição, até marcar o golo com aquela dedicatória especial. Muito bem Italiano, parabéns.

 

2º: A prepotência de alguns senhores árbitros que vão aparecendo todas as semanas nos campos de futebol desta associação. Se é certo que, por vezes, não sou o mais correcto e educado na forma de falar para os árbitros, não é menos certo a forma prepotente e arrogante com que alguns se dirigem a mim. Tratando-me por “tu” quando eu estou a tratar por senhor Juiz, ou quando uma simples frase os faz perder a cabeça de tal maneira que parece que vão bater em alguém. Pior ainda está quando o que eles escrevem não é alvo de averiguações e está tudo certo. Dizem que os senhores árbitros têm a “faca e o queijo na mão” e que cortem por onde querem, pois bem, até quando isso será assim?

 

3º: Os dois pesos e duas medidas que a Associação de Futebol do Porto aplica na atribuição dos castigos. Numa simples advertência o conselho de disciplina decidiu castigar-me com 15 dias! Sinceramente digo, nunca fui expulso por insultar um árbitro, nunca fui expulso por agredir ninguém, o meu erro é ter a voz grossa e protestar quando vejo que as decisões não são iguais para ambas as equipas. A AFP aplica sempre castigo como se o que eu fiz tivesse ferido alguém. Já sei que se vão basear no que foi escrito pelo senhor arbitro, assim sendo, apenas me dão razão no que escrevi no ponto atrás.

 

4º: Estamos cá para continuar a lutar, seja no banco ou fora dele. Sinceramente não sei por quanto tempo mais irei continuar a ser treinador, chega a alturas que cansa, mas enquanto o for encararei todos os jogos da mesma maneira, com brio e profissionalismo, mesmo que o que ganho não chegue para me considerar profissional, mas nem mesmo quando não gnhava eu me considerei amador.

 

5º: Para terminar, deixar um abraço sincero para o Prof. Moutinho.

 

Vamos trabalhar para vencer o próximo jogo porque esse é o mais importante da época.

 

Um abraço

 

Mister Milton