C. D. CANDAL 1 - 2 LEIXÕES S. C.

 SUPERIORIDADE RELATIVA

 

Esta semana recebemos o Leixões, segundo classificado da série 2 da 1ª divisão distrital de Juniores.

 

A posição que esta equipa ocupava era o suficiente para percebermos que o jogo não seria nada fácil.

 

Aliás todos os jogos não têm sido fáceis.

 

Entramos em campo com a lição bem estudada, a defender bem, para podermos atacar melhor, aproveitando alguma desorganização da equipa forasteira. Conseguimos fazer isso até ao golo do Leixões, golo esse que nasce de um lance de bola parada em que Luis efectua uma excelente defesa, mas a bola sobra para um jogador alvirubro que junto à baliza desferiu uma cabeçada certeira. Luis ainda tentou defender, mas já o efectuou dentro da baliza, o árbitro não marcou, devido à posição em que se encontrava, mas o assistente validou, e bem, o golo.

 

De referir que antes disso tivemos uma oportunidade que não soubemos aproveitar por sermos displicentes na hora de finalizar.

 

Depois do golo, tivemos a oportunidade mais flagrante do jogo, em que Bento consegue receber a bola e num remate à meia volta, leva a bola a embater no chão e a sobrevoar o guarda-redes, mas em cima da linha há o corte de um defensor Leixonense. Podia e devia ter surgido aqui o empate. Era uma fase do jogo em que estávamos por cima.

 

Fiz alterações a pensar no melhor para a equipa, mas nem todas surtiram o efeito desejado.

 

Fomos para o intervalo com a sensação que estava apenas a faltar o golo, já que nem uma nem a outra equipa tinha criado oportunidades flagrantes de golo. O Leixões estava a controlar mais o jogo e a manter a posse de bola na tentativa de desorganizar a nossa defesa, mas não estavam a conseguir “entrar” no ultimo terço do terreno e isso fazia com que o jogo estivesse divido, devido às transições rápidas que estávamos a efectuar.

 

No intervalo chamei à atenção dos meus jogadores, para se preparem para um jogo ainda mais calculista por parte do adversário. Tínhamos de marcar cedo, para conseguirmos dar a volta ao resultado.

 

À saída para o intervalo percebi que, devido a uma pancada, o nosso avançado Bento se tinha ressentido da lesão da semana anterior e que dificilmente o iríamos conseguir aguentar em campo, no entanto o jogador, com a sua bravura, empenho e coragem, quis tentar, mas cedo se percebeu que não iria conseguir. Fomos obrigados a efectuar mais uma substituição forçada e tivemos de colocar em campo, um defesa, visto já não termos mais ninguém, e mexer com toda a estrutura da equipa.

 

A equipa do Leixões chegou ao segundo golo, num lance desenrolado pela ala esquerda e quando o jogador queria fazer o cruzamento, acabou por enganar todos, ele incluído, e colocou a bola no poste mais distante da baliza de Luis.

 

Estava assim feito o dois a zero e a nossa missão mais complicada.

 

Até ao fim assistiu-se a um jogo morno, com a equipa do Leixões a controlar o jogo, mantendo a posse da bola e apenas arriscando “in extremis”. Não dispuseram de mais oportunidades de golo, mas é certo que nós também não as conseguimos criar.

 

Conseguimos reduzir já nos momentos finais da partida por intermédio de Hugo Luz, numa altura em que arriscamos tudo e estávamos a jogar com uma linha de 4 avançados.

 

O jogo terminava com a vitória do Leixões, devo dizer que é justa, não pelas oportunidades que criaram, mas sim pela forma como não deixaram que a minha equipa as criasse.

 

Temos de continuar a trabalhar sempre pensando no objectivo. Como disse durante a semana, ninguém de fora estaria à espera que conseguíssemos vencer o Leixões, mas nós sabíamos que era possível, temos trabalhado bem, temos desenvolvido mecanismos que não existiam, já vejo uma equipa mais agressiva do que na primeira semana, uma entreajuda mais forte, um espírito de grupo que se está a sobrepor ao individualismo, no entanto ainda existem alguns focos de resistência, mas aqui fica o aviso, esses focos vão ser extintos no imediato. Não admito que alguns andem a brincar com os outros, aquilo que vi este sábado foi uma equipa a trabalhar, mas que tinha alguns elementos que não trabalharam ao mesmo nível dos outros. Perdeu-se uma oportunidade de vencer mais um jogo, de subirmos mais um degrau, embora tivéssemos a plena consciência que este não era um jogo do nosso campeonato. Tenho a certeza que iremos continuar a evoluir e conseguir vencer muito mais vezes.

 

Mais uma vez agradeço a ajuda que nos foi dada pelos atletas dos juvenis que vieram para colmatar um plantel reduzido. Sem eles não seria possível.

 

Refiro também que tenho noção das dificuldades que nos esperam, sabemos que quantitativamente e qualitativamente a nossa equipa está descompensada, mas tenho a certeza que quando todos entenderem que os jogos se ganham, não apenas pela capacidade técnico-tactica, mas também e, se calhar, mais importante, pelo espírito de sacrifício, pela vontade, pelo querer, pela garra que colocamos dentro de campo, disputando todos os lances para ganhar, sem nunca virar a cara à luta, pensado sempre no objectivo equipa e, mais importante, esquecendo o “EU” e elevando o “NÓS”. Tendo também a noção de que todos os elementos dentro do plantel são importantes, nenhum é mais do que o outro, ninguém é titular indiscutível, mesmo sabendo que somos poucos, mas percebendo que todos têm a sua função dentro do plantel. Ninguém ganha jogos apenas pela camisola que enverga, mas isso terá de nos fazer lembrar que representamos um clube centenário, que representamos um clube que está habituado a vencer e que nos compete a nós fazer o melhor para ficarmos na historia do clube. Ai só os vencedores ficam, ninguém se lembra dos derrotados. Tenho plena confiança no grupo que lidero e sei que iremos atingir o objectivo.

 

Este jogo já passou, agora só pensamos no Maia. Lembrando que é mais um jogo com uma das equipas da frente, mas vamos lá para vencer.

 

UM POR TODOS E TODOS POR UM

CANDAL, CANDAL, CANDAL